Page 54 - Marmoraria - DOC 16
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da dessa rocha, não absorve ou absorve pouca água, ela não precisa ser
selada, porque também não absorverá o selante.
As superfícies tratadas com selantes não ficam completamente prote-
gidas do ataque de substâncias quimicamente agressivas. Por sua vez,
os impermeabilizantes protegem as rochas do ataque químico, mas eles
próprios podem ser atacados.
Mesmo em superfícies não tratadas com selantes e impermeabilizantes, a
ação de produtos quimicamente agressivos e/ou manchantes, a partir do
contato com a superfície de uma rocha, quase nunca é imediata. Assim, a
rápida remoção desses produtos previne a ocorrência de patologias.
Em outro sentido, o contato prolongado da rocha com esses produtos
quimicamente agressivos e/ou manchantes pode provocar algumas pato-
logias até em superfícies tratadas com hidro-óleo repelentes. Destaca-se
que a impermeabilização do tardoz (verso) das placas e da base dos
revestimentos (emboço ou contrapiso), para prevenção de manchamen-
tos isolados e alterações cromáticas produzidos por umidade ascendente,
é tão ou mais importante que a aplicação de hidro-óleo repelentes na face
das placas.
De fato, a maior parte das patologias de manchamento é decorrente da
infiltração ascendente de umidade, através da percolação de soluções
também responsáveis pelo surgimento de eflorescências e escamações
na superfície dos revestimentos. A impermeabilização da face, sem a
devida impermeabilização do tardoz e base das placas, pode barrar a
percolação ascendente de umidade, dificultando a sua transpiração e
provocando alterações cromáticas de intensidade variável.
Sobre terrenos muito úmidos, como por exemplo das planícies litorâneas
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