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Resistência ao escorregamento
A resistência ao escorregamento não é uma característica intrínseca do material, nem é
constante em todas as condições de utilização, pois depende de fatores como o tipo de
acabamento da rocha, o tipo de solado de quem caminha sobre o piso, se a superfície da
rocha está seca ou molhada, se o piso é horizontal ou inclinado e muitos outros.
No entanto, é importante conhecer este parâmetro, pois ele é indicativo da segurança do
usuário ao caminhar pela superfície.
As rochas com acabamento rústico (levigado, apicoado, flameado, escovado e outros)
tendem a ter uma maior resistência ao escorregamento que aquelas com acabamento
polido. Porém, alerta-se que quando mais áspera e rugosa é a superfície, maior a dificuldade
de limpeza.
Apesar de ser uma característica ainda relativamente pouco conhecida, existem dois
métodos de ensaio para sua determinação: o do pêndulo britânico (para rochas ornamentais)
e o coeficiente de atrito dinâmico (elaborado para peças cerâmicas e adaptado para rochas
ornamentais).
Método do pêndulo britânico
Neste ensaio, a resistência ao escorrega-
mento é determinada em placas de rocha com
superfície de uso, ou seja, no acabamento
superficial em que vai ser utilizada, de acordo
com os procedimentos da norma EN
14231:2003 (Natural stone test methods.
Determination of the slip resistance by means
of the pendulum tester).
O equipamento utilizado é o denominado
“pêndulo britânico”, e o ensaio é realizado em “Pêndulo britânico”: equipamento utilizado
6 corpos de prova, com dimensões aproxima- para determinação da resistência ao
escorregamento (Foto obtida no Cetem).
das de 15 cm x 9 cm e espessura de uso (de
aproximadamente 20 mm), nas condições se- Nota: CETEM – Centro de Tecnologia
Mineral do Ministério da Ciência, Tecnologia,
ca e saturada em água. Em cada corpo de Inovações e Comunicações (MCTIC).