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INTRODUÇÃO
O termo “patologia” tem sido incorretamente utilizado para as rochas ornamentais e
de revestimento. Problemas estéticos, físico-mecânicos e dimensionais, associados
aos processos produtivos da lavra, beneficiamento e manuseio dessas rochas,
portanto anteriores à sua aplicação em revestimentos, constituem “inconformidades”
e não patologias. O termo patologia deve ser apenas utilizado para manifestações
físicas e estéticas percebidas nas rochas após a sua aplicação.
As patologias são decorrentes tanto de inconformidades quanto da seleção de uma
rocha com características tecnológicas inadequadas para um determinado
ambiente. Algumas vezes elas são causadas pela utilização de insumos inapro-
priados de assentamento e proteção, como argamassas, rejuntes, impermea-
bilizantes, etc.
A causa mais recorrente das patologias é a não observância das características
tecnológicas das rochas, ou seja, a utilização de rochas que não apresentam
atributos adequados para determinados ambientes. Sempre que as rochas são devi-
damente especificadas para as obras, o seu desempenho é plenamente satisfatório,
conferindo durabilidade muito superior a dos revestimentos sintéticos/artificiais.
É importante destacar que as inconformidades constituem imperfeições raramente
restauráveis ou corrigíveis; elas são popularmente referidas como “erros de fa-
bricação”. Já as patologias, geralmente provocadas por fatores externos, são quase
sempre passíveis de restauração e correção.
Este documento contém dois capítulos distintos, tratando individualmente
“patologias” e “inconformidades”. Almeja-se contribuir para que as rochas recebam
tratamento adequado e possam valorizar, cada vez mais, os empreendimentos que
as utilizam.
As causas, medidas preventivas e medidas corretivas das patologias encontram-se
sintetizadas no Anexo, apresentado ao final deste documento.
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