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E existe a rocha perfeita? Felizmente não! Todas têm as suas marcas, sua própria
assinatura ou personalidade. Alguns falam em defeitos, o que na realidade são carac-
terísticas próprias da rocha, ou seja, particularidades que a natureza levou longo
tempo para produzir, de forma que fissuras, que a mesma natureza, além de criá-las,
minuciosamente tratou de preenchê-las e soldá-las, tornam-se detalhes que as fazem
únicas e exclusivas!
Assim, chega-se à conclusão que já é mote no setor: “Não há pedras boas ou más,
mas sim pedras bem ou mal utilizadas” (Mesones, Villán & Aguirre, 2001, p. 9).
Outro ponto interessante: materiais ditos “movimentados” e os chamados de “exóticos”
são hoje os mais procurados no exterior e os mais exportados, principalmente para os
Estados Unidos (Fig. 7). São verdadeiros mosaicos com que a natureza nos presen-
teou. São inegavelmente lindíssimos e perfeitos.
Figura 7 - Exemplos de rochas exóticas, com texturas e
arranjos irregulares e heterogêneos. Fotos: Maria Heloisa Frascá.
E os outros, ditos lisos, se possuírem um risco diferente, uma concentração de cor dis-
tinta ou uma mancha, não servem? Claro que servem! Saber aproveitar as caracterís-
ticas de cada material em proveito estético de seu projeto é um dos desafios para o
profissional.
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