Page 14 - Marmoraria - DOC 18
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Esses depósitos acontecem quando os sais solúveis presentes nos componentes
(contrapiso, emboço, argamassa colante, rejuntamento, ou mesmo a própria rocha)
são solubilizados e transportados pela água e, quando mantêm contato com o ar,
precipitam e cristalizam sobre a rocha. Vale ressaltar que as placas rochosas e as
argamassas de assentamento ou rejuntamento possuem poros em seu interior, fa-
cilitando a absorção da água, que dissolverá os sais causadores das eflorescências.
A medida recomendada para prevenir a formação de eflorescência é a imper-
meabilização dos substratos e do tardoz das peças rochosas, bem como a utilização
de argamassas de assentamento e de rejuntamento que não contenham ou não
liberem sais solúveis.
Como medida corretiva, deve-se dissolver as crostas esbranquiçadas que consti-
tuem as eflorescências (fotos 7 e 8). Recomenda-se a aplicação de produto leve-
mente ácido, seguida de enxágue com água em abundância. Os rejuntes devem ser
substituídos por produto impermeável.
Caso a rocha que contenha eflorescência seja mármore, a dissolução das crostas
em meio ácido poderá ser acompanhada de corrosão química da superfície do
próprio mármore, provocando perda do brilho e aspereza. Nesses casos, será ne-
cessária a realização de novo polimento nas peças de mármore tratadas.
Foto 7 - Ocorrência de eflorescência em granito Foto 8 - Mesmo local mostrado na foto anterior,
preto em parede de espelho d'água. Os sais es- após tratamento químico e substituição do rejun-
branquiçados provêm do rejuntamento entre as te cimentício por rejunte epóxi.
peças.
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